segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Vamos a mudança!

Vamos a mudança... Algumas pessoas clamam por mudanças porém, é triste perceber que ainda a necessidade de mudança é sempre do outro, o problema é sempre o outro, a filosofia Sartre, onde afirma que “o inferno são os outros”, continua atual. Eu não preciso mudar, como se fosse um ser iluminado entre os pecadores, mais triste ainda é notar que o outro tem que mudar apenas por não encaixar nas medidas que eu uso para medir, mais triste ainda é borbulhar os preconceitos nestas fundamentações.

Queremos progresso, todos querem mas, progresso para uns é ter um prato sobrando em sua mesa, para outros é não haver um prato faltando na mesa ao lado.
Felicidade para uns é ir as compras, para outros encontrar um lar para um cãozinho abandonado, para algumas pessoas a felicidade está nos dois lugares, o fato é que há momentos em que é preciso definir prioridades.

O nosso país é lindo, é ímpar, é único, e isso é o resultado da mistura, de opiniões, de classes, de origens, de etnias, de religiões, etc.

Desafio portanto, aos meus amigos, lancem um olhar amoroso em direção aos que julgas diferentes, use a empatia e se ainda houver alguma radicalidade a ser sustentada, que seja, amar o próximo como a si mesmo.

No evangelho de Cristo, segundo Mateus, capitulo sétimo, versículo terceiro diz o seguinte: "Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho?"

Se ainda resta dúvida leia o evangelho completo, apenas o evangelho, se persistir a dúvida, ame, simplesmente ame.

Faça sua interpretação, se de alguma forma, sua interpretação gerar algum tipo de ódio ou preconceito, releia, se não faz amar o próximo, não é a vontade de Deus.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Palhaço

Neste mundo tão nocivo
Não há nada que existe
Que seja mais agressivo
Que um palhaço de sorriso triste

Palhaço que já não veste a  piada
Esperando a vida passar,
Que não tem o valor da palavra
E não se deixa cativar

Alguém que um dia sorriu
E hoje não quer mostrar o dente
Ele próprio feriu e se feriu,
Mas a vida passa lentamente

Para o desprezo e desespero
E o desespero do desprezo
Ainda não estou preso
Porém vivo acorrentado

E como num veleiro
O relógio vai se arrastando
Pelas janelas do bueiro
O mundo vai se acabando

Passa mundo , passa o tempo,
Tudo há de passar...
Há...verei! Haveria um tempo,

Havia um tempo que hoje não há...

terça-feira, 13 de maio de 2014

13 de Maio!

13 de maio, data de relembrar a abolição da escravatura, a data é acima de tudo um simbolismo, mas gosto de simbolismo que nos recordam valores, não de uma etnia, mas de toda a raça humana. Então agora que comemoramos a abolição da escravatura, que possamos abolir ainda a escravidão causada por discursos fundamentados no ódio, ou em um orgulho mesquinho, abolir toda forma de desrespeito, intolerância e preconceito. Que possamos abolir a justiça movida pelo ódio da vingança, pois quando assim, não é justiça, pois luz que ilumina a justiça intolerante não é luz, é treva.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Simplesmente diferentes.

Quantas Marias de Jesus serão espancadas até a morte? Quantas “Isabelas Nardoni” continuarão sendo jogadas pelas janelas da vida? Quantos “meninos Bernardos” são enterrados em ódios maquiados de justiça?
Porque toda vez que reagimos à violência com violência, à intolerância com intolerância, enquanto nos fizermos de juízes no olho por olho, dente por dente, continuaremos jogando as pessoas pelas janelas, espancando e enterrando. E assim será necessário que Jesus seja o Cristo outra vez, sendo açoitado, crucificado e morto em um ciclo sem fim.
Que eu não tenha o orgulho besta de ganhar uma discussão e ferir um amigo, que eu não perca a paciência onde não enxergar sapiência, que eu possa compreender e respeitar os diferentes, por educação ou convicção. Que eu não me conforme com a injustiça, mas ainda sim, não me faça de um justiceiro intolerante.

Eu prefiro silenciar na razão do amor, a gerar a dor num grito de argumentos fundamentos, muitas vezes em ódio, em pontos de vistas que não são melhores ou piores que os meus, eles são muitas vezes, simplesmente diferentes. 

Hipocrisia

Hipocrisia é postar foto comendo banana e continuar criticando haitiano, nordestinos, gaúchos, paulistas, homens, mulheres... Continuar disseminando a intolerância.
Somos todos humanos, alguns sem educação, intolerantes, numa radicalidade besta e sem a capacidade de ser pessoa.
Somos todos falhos, mas com a mesma necessidade de um olhar amoroso, tolerante e compreensivo sem vitimar o próximo na certeza que ainda é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, e que sendo todos humanos o amor deveria ser autossuficiente, pois se assim não é, não há amor!

Abril 2014.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Acho que o mundo tem precisado de uma epidemia de poesia, não de poetas com corações partidos ou apaixonados, simplesmente com coração.
Talvez assim o mundo se torne mais tolerante, Fenando Pessoa já disse que da alma nada entendemos senão da nossa, portanto julgar não se faz necessário, amar sim.


Eu queria também provar a lua de queijo que Carlos Drummond de Andrade deu a Paulo, e assim ser diagnosticado como um caso de poesia.

sexta-feira, 28 de março de 2014

O sofrimento é uma razão pedagógica, muitas vezes só evoluímos quando há alguma forma de sofrimento, porém, é preciso viver o luto, mas não viver no luto. Por ter algumas convicções e defende-las já fui incompreendido muitas vezes, e muitas vezes tratado com intolerância, e por um princípio cristão, sofro, mas aceito sofrer com a intolerância, não suportaria ser eu o intolerante. Mas ainda maior que a dor da intolerância é a dor da injustiça,

Um "homem" furou o sinal vermelho, atropelou um casal que passeava de moto, o motorista do carro fugiu, a placa do carro caiu, o motociclista passa por uma cirurgia, coloca um parafuso no tornozelo, tem lauda da perda de 25% da movimentação do pé esquerdo, o que impede de fazer uma de suas atividades preferidas, jogar futebol, gasta mais de mil reais para consertar a moto, sete anos depois ainda sofre com dores no tornozelo e inchaço, e enfim sai a sentença. O motociclista ficará com as despesas, inclusive da perícia.


E é por isso que eu me alegro nas fraquezas, humilhações, necessidades, perseguições e angústias, por causa de Cristo. Pois quando sou fraco, então é que sou forte. II Coríntios 12;10.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Olhe além, veja o horizonte!

Santiago partiu, e para os religiosos cumpriu sua missão, para os terrenos uma partida precoce, mais uma vida interrompida.

O fato é que encontramos diversos dedos apontando, julgando e culpando a um ou dois jovens, e quem condena se coloca como donos da razão, porém, como revela o livro Anônimo Incógnito, o problema de se ter braços é que dificilmente apontamos para nós mesmos.
Hoje falam da violência nas manifestações, mas na própria emissora que Santiago trabalhava, existe um programa policial, por assim dizer, que explora o sofrimento, a dor, que incita a violência, a intolerância, o ódio, um programa que ajuda a perpetuar a ideia da pena de morte, do olho por olho, do dente por dente. É desta mesma mídia que manipula nossas opiniões esportivas, políticas, éticas e imorais. Será que estes tantos jornalistas que fazem agora belos discursos sobre Santiago, que particularmente não duvido que tenha sido um grande homem, não se sentem nem um pouco culpado? Isto não é um julgamento é uma pergunta.
O jovem não seria mais uma vítima da manipulação? Isto não é resultado da hipocrisia? Afinal a população tem apanhado tanto das situações que vivem e foram orientados e revidar não foi? Eles foram instigados a lutarem, a serem impiedosos e intolerantes, foram manipulados a enxergarem razões, e viverem por razões, não por sentimentos, compreensões, compaixões ou amor.
E já que, apenas após a morte nossa mídia reconhece (é lógico que há exceções), vamos citar Mandela, se ele assistisse nossa mídia e a levasse a sério, a intolerância mudaria de “cor”, e a África do Sul ainda viveria dias de tormenta, mas Mandela não enxergou as razões que são ensinadas e manipuladas em nossa TV, me fazem de ridículo por meus ideais, embora sejam parecidos com os de Mandela que agora nossa mídia glorifica, mas tudo bem, não quero glória, desejo apenas uma sociedade mais justa.

E hoje Renato mais uma vez cantaria: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã...”