segunda-feira, 9 de maio de 2011

Mamãe

Esse foi o texto que escrevi pra minha mamãe:

Foi tão repentino, a barriga cresceu, uma vida foi dada, gerada e confiada a ti, Mamãe.

E tão depressa o tempo passou, meu corpinho cresceu, aprendi a andar, falar, mas algo não mudou, pelo menos pra nós dois, ainda somos Mamãe e filho e isso jamais vai mudar. Ainda que mundo nos separe ou tempo nos distancie, a mamãe sempre será a mamãe, e eu seu pequeno milagre.
Sei que como mãe teu amor é infinito, e ouso a dizer o mais bonito, mas apesar disso quero lhe pedir perdão, por todas as vezes que eu disse palavrões, que não me comportei na frente da visita, ou que fui dormir sem dizer te amo.
Pelas noites que não rezei por ti, ainda sabendo que rezavas por mim. Quero mamãe, abraçar-te e beijar-te, pois sinto tua falta, e parece que é falta de mim mesmo.

Foi a primeira a rezar por mim, me educar, cuidar-me nas enfermidades...

Lembra quando perguntei como são os anjos? Não precisa mais responder eu já sei.

Meu país...

Alguém me disse que esse é o meu país, ou melhor, que esse país é meu. Pois bem, se eu não tenho autoridade de mudar o fato da bolsa do PROUNI está sendo entregue para pessoas que não precisam, não tenho autoridade para fazer um país menos desigual, pois as fronteiras são tão distantes que para algumas crianças terem o que comer, o que é direito básico, elas precisam desfrutar da merenda escolar, mas o descaso não pára por aí, afinal a merenda entregue nas escolas estão podres, os escândalos continuam no congresso...
Desculpe, até entendo a boa intenção de quem disse que esse país é meu, e embora eu o ame, não quero a responsabilidade do que me foge o controle.
Eu acredito em alguns políticos honestos, mas entristeço com Mr. Pi, saber que embora a mentira tenha pernas curtas, a verdade anda se arrastando.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Tenho quase certeza que eu não sou daqui!

Há algo de errado com esse mundo, há uma inversão de valores, uma banalização do certo ou errado, do que é coerente, ético, ou o que dá mais dinheiro.
Osama Bin Laden, terrorista morto, e os americanos em festa nas ruas. A notícia me chegou com misto de desconfiança e lamentações.
Lamentações não pela morte de Osama, mas pelo valor dado a guerra, como se a morte de uma pessoa trouxesse outras vidas de volta ou aliviassem a dor. O clico do ódio é como o um moinho redondo, enquanto alimentado sempre volta pro mesmo lugar.

“Mas não somos deste mundo de cidades em torrente,
de pessoas em corrente, Esperamos pela vida vivendo só de guerra”.